No Brasil, 827 mil vivem com HIV - prevenção é essencial
Jornal do Brasil - 17.04.2017
A camisinha ainda é o método mais eficaz para evitar a
transmissão
A epidemia de aids entrou no Brasil no início dos anos 1980. Estima-se que o país conta hoje com cerca de 827 mil pessoas vivendo comHIV,
vírus causador da aids. E por mais que o tratamento tenha evoluído, melhorado a
qualidade de vida de quem tem o vírus a prevenção continua sendo fundamental e
a forma eficaz de se evitar a aids.
HIV é a sigla em inglês para Vírus da Imonudeficiência
Humana. Ele ataca o sistema imunológico da vítima, que é o responsável por
defender o organismo de doenças. atenção É bom destacar que ter o HIV não
é a mesma coisa que ter aids, que seria a fase em que a pessoa atinge baixos
níveis de células de defesa, abrindo portas para as doenças.
Uma vez no organismo, o vírus pode levar até 10 anos sem
manifestar nenhum sintoma. Apesar disso, ele pode ser transmitido
para outras pessoas durante esse período. A transmissão acontece por meio das
relações sexuais desprotegidas (sem o uso da camisinha), no compartilhamento de
instrumentos perfuro-cortantes como agulhas e alicates, ou durante a
gravidez, parto ou a amamentação, caso a mãe viva com o vírus e não saiba É bom
que se diga que há tratamento que impede que o bebê seja infectado. Por isso é
muito importante que seja oferecido a gestante um pré natal precoce e completo,
para que o HIV seja diagnosticado, para evitar que ele seja transmitido para a
criança.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2010 e
2015 foram registrados em média 40 mil novos casos da doença anualmente.
Estima-se que das 827 mil pessoas que têm o vírus no país, cerca de 45%, ou 372
mil, ainda não estão em tratamento. Desse total, 260 mil sabem que têm o
vírus. Preocupa a estimativa de que 112 mil pessoas vivem com HIV e ainda não
sabem. Por isso é importante fazer o teste regularmente. Porque se a pessoa se
expôs ao vírus como numa relação sexual desprotegida, pode estar infectada e
nem saber. Apesar de os jovens entre 15 e 24 anos integrarem o grupo mais
vulnerável, eles são os que fazem o teste mais cedo. A estimativa do Ministério
da Saúde é a de que 74% dos jovens com HIV procuraram o serviço de saúde. Mas
do total, apenas 57% estão em tratamento efetivo.
O estigma e o preconceito em torno da doença ainda é um
fator que impede as pessoas muitas vezes de fazerem o teste e procurarem o
tratamento. Entretanto, é crucial ter o diagnóstico e iniciar o tratamento o
mais precocemente. Isso garante a eficácia do tratamento e a qualidade de vida
para quem já tem o vírus.
Cabe lembrar que o tratamento para o HIV é oferecido
gratuitamente no SUS. Uma vez que a pessoa recebe o resultado positivo, ela é
encaminhada para os serviços de atenção especializada onde serão feitos novos
exames e oferecido os remédios para iniciar o tratamento. Além disso, o
tratamento reduz as chances do vírus ser transmitido.
No caso das relações sexuais, entretanto, é bom reforçar que
a camisinha é ainda o método mais eficaz para se evitar o HIV e outras DST como
a sífilis, gonorreia e a hepatite B.
http://www.jb.com.br/esportes/noticias/2017/04/17/no-brasil-827-mil-vivem-com-hiv-prevencao-e-essencial/
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