Dados do UNAIDS sobre a epidemia de AIDS no Brasil

Veja abaixo as principais informações sobre o HIV no Brasil contidas no relatório mais recente do UNAIDS – lançado em junho de 2017 (com dados ref a 2016)

O Brasil é o país mais populoso da América Latina e também o que mais concentra casos de novas infecções por HIV na região. O país responde por 49% das novas infecções – segundo estimativas mais recentes do UNAIDS -, enquanto o México responde por 13% das novas infecções.

Estimativas sobre HIV e AIDS para o Brasil (2016):

*                 Em 2016, havia 830.000 [610.000 – 1.100.000] pessoas vivendo com HIV;

*                 Em 2016, estima-se que tenham ocorrido 48.000 [35.000 – 64.000] novas infecções pelo HIV;

*                 O número de mortes relacionadas à AIDS no Brasil foi estimada pelo UNAIDS em 14.000 [9.700 – 19.000] em 2016.

*                 O dado mais recente sobre prevalência de HIV estimada para o Brasil em relatórios do UNAIDS é de 0,4% a 0,7% em pessoas de 15 a 49 anos – em 2014.

Acesse as estatísticas mais recentes do UNAIDS para o Brasil.

(Fonte: dados mais recentes do Ministério da Saúde do Brasil)

Resumo da epidemia de AIDS no Brasil

O Brasil foi um dos primeiros países, dentre os de baixa e média renda a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com AIDS – em 1996 pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Enquanto isso, a maioria desses países aguardava financiamento internacional para suas respostas.

O Brasil adotou em 2013 novas estratégias para frear a epidemia de AIDS, oferecendo tratamento a todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente de seu estado imunológico (contagem de CD4). Além disso, o país vem simplificando e descentralizando o tratamento antirretroviral; aumentando a cobertura de testagem para HIV em populações-chave, entre outras iniciativas.

O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de baixa e média renda, com mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV recebendo TARV – segundo os dados mais atuais do Ministério da Saúde – , enquanto a média global em 2016 foi de 53% – segundo dados compilados pelo UNAIDS.

O gráfico abaixo mostra a cascata de cuidado contínuo no Brasil. Ela estabelece a linha de base e permite avaliar o progresso brasileiro rumo às metas de tratamento 90-90-90, estabelecidas pelo UNAIDS – que até 2020: 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; destas, que 90% estejam em tratamento; e que, das pessoas em tratamento, 90% apresentem carga viral indetectável). Essas metas fazem parte da estratégia de Aceleração da Resposta para o fim da epidemia de AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.


Na cascata brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde, observa-se que do total de pessoas vivendo com HIV, 87% já foram diagnosticadas. Deste número, 64% estão em tratamento para o HIV. Das pessoas em tratamento, cerca de 90% apresentam carga viral indetectável.


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